sexta-feira, 2 de março de 2012

O som da diversidade

Mais uma vez, vamos falar sobre o que muito me inspira: a música. Como disse anteriormente, adepto ao ecletismo, em todos os aspectos, principalmente musical, quero apresentar a riqueza que impera no horizonte sonoro da cultura pop, de Dó a Si, entre todas as oitavas. 
Precisaríamos de inúmeras vidas, ou quadriplicar nossa existência - considerando uma expectativa de 100 anos cada uma -, para que tivéssemos condições de apreciar tudo o que os inspirados artistas do som nos deixaram de registro de suas obras. E falo aqui somente do que realmente valha os estouros de nossos tímpanos aguçados e sedentos por uma boa música (não entendo como algumas pessoas conseguem se ater somente ao restrito leque de alguns/poucos nomes que, infimamente, representam um índice pra lá de alguns centésimos de milésimos após a vírgula, em relação ao universo infinito - até que as galáxias continuem sua coexistência - de possibilidades de conhecimento sobre o vasto mundo discográfico!).
Sempre procurei ouvir de tudo (é o único exercício para aguçar sua veia crítica e saber distinguir o joio do trigo), apesar de ter passado por uma fase - pós-adolescência - de afunilamento dos sentidos (visão e audição) em que fui sugado pelos dentes afiados do "vampiro" da rebeldia, incrustado nos meandros das "tribos" da imbecilidade...fuja disso, como o "vermelhinho chifrudo" foge da cruz!! Faça parte da tribo da diversidade, onde cada um dos seus integrantes tenha vontade própria e o que é mais importante: personalidade própria (outro assunto que requer uma dissertação digna de um texto de novela).
Em se tratando de diversidade, a música pop é a mais acometida pelo amálgama (fusão) de gêneros, incitando seus compositores/produtores à criatividade.
Deixo aqui como ilustração do texto acima, para deleite dos que já a curtem e para conhecimento dos iniciados, um clássico da música pop mundial: Rapture, da banda nova-iorquina Blondie, formada em 1974 e em atividade até os dias atuais. O vídeo dessa música é considerado como o primeiro rap a ser executado na MTV. Na verdade, seu estilo trata-se de uma disco music, com pitadas de rock e uma pequena incursão no rap no meio da música. Interessante enfatizar que essa banda iniciou sua carreira como um grupo essencialmente punk (som rústico, simples), porém os arranjos de Rapture são muito bem feitos e produzidos com maestria por Mike Chapman, com muita utilização de metais e percussão. Destaque para a também angelical voz de Debbie Harry - que além de vocalista da banda, é atriz e já foi coelhinha da playboy -, para o groove (balanço) da música e para o solo de guitarra de Chris Stein (também compositor dela, juntamente com a Debbie Harry).
Esta música faz parte do álbum intitulado Autoamerican, de 1980.
Se você, assim como eu, adora balançar os esqueletos (atualmente, com um pouco mais de tecido adiposo afixado a ele), diga-me se consegue ficar parado - no mínimo, mexendo uma parte do seu corpo - ouvindo esse som. Degustem sem moderação.






2 comentários:

Mônica Barros disse...

Uma coisa q acho legal,é qdo uma banda (q a indústria fonográfica dora intitular)se aventura em diversas praias,qdo ela foge ao seu estereótipo.E cria ritmos totalmente inesperados.Pq a 1ª música q ouvi do Blondie foi a super disco heart of glass ("jamé" imaginei q o som deles era punk)essa música Rapture é showzaço,e tem aquela outra The Tide is High tipo reggae,enfim,eles são é descompromissados c/ gêneros musicais.

Dorta disse...

Mônica, o nosso reencontro só me trouxe satisfação...que maravilha! Sabia que sua participação neste blog só o enriqueceria...
Vc tem toda razão. Por isso, sou um pouco contra rótulos...eles servem para a identificação de algo, mas não podemos nos ater somente a eles...em qualquer circustância...isso nos engessa...e não é nada bom. Sigamos o tom da liberdade!

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