segunda-feira, 9 de julho de 2012

O direito de ser feliz

Até os mais distraídos já devem ter notado que em meus posts anteriores impera o enfoque em um tema sobremaneira subjetivo e abstrato, que é o conceito de felicidade. Em contrapartida, os que se atentam um pouco mais aos detalhes também já devem ter percebido que há um certo paradoxo entre o tema presente nas postagens e o título deste blog. Afinal de contas, o que tem a ver cidadania com felicidade?
Pois é, na verdade, em essência - etimologicamente falando -, em nada se relacionam. E porque então escolhi exatamente um nome para o blog, o qual se contradiz com os objetivos das postagens até então publicadas por este? Bem, além do motivo relacionado à dificuldade que há em se definir uma marca para o seu produto (é incrível! Tudo o que você pensa já existe!!!), veio à mente deste humilde cidadão o quão importante é esta classificação (apesar de ser um pouco averso à rótulos - tenho, inclusive, em meus rascunhos uma postagem que fala especificamente sobre isso...) e o quanto ela pode ser abrangente quando passamos a filosofar em torno de seus possíveis desdobramentos.
O significado puro e simples do termo cidadania diz respeito nada mais nada menos aos direitos e deveres que um habitante deste planeta deve possuir, e a dicotomia existente entre esses dois fatores que estão inseridos na palavra é pertinente, contudo estes se encontram em plena harmonia. O direito de um é exercido quando o outro cumpre o seu dever.
Transcendendo, portanto, a derivação do termo, podemos concluir que ambas as partes cumprindo seu papel na sociedade, tudo se integra perfeitamente...as "engrenagens" que fazem girar o mundo e expandir o universo funcionam em sua totalidade e tudo o que se espera que aconteça vira realidade...ou seja, temos a maior parte das necessidades humanas atingidas e todos vivem felizes para sempre...até que a morte os separem...hummm...encontramos então a fórmula da felicidade??? Bem, antes de alguém classificar como utópica tal expectativa, admito que isso não é tão simples assim...
Mas uma coisa podemos concluir: todo cidadão possui o direito de ser feliz, de viver em plena consonância com as leis do cosmos, de aproveitar o que a vida tem a oferecer, mesmo que, neste último caso, haja um pequeno empecilho que impede o acesso da maioria da população a 100% dos recursos aqui disponíveis: o capital. Daí explica-se a intenção deste instrumento de comunicação em querer fundir um assunto de origem política a outro de cunho psicossocial.
Abusando ainda do meu direito de transformar, quebrar paradigmas, criar meu próprios conceitos de vida, transgrido as normas cultas e defino aqui o ato, a condição de ser ou estar feliz. 
Para mim, contrariamente ao que está definido e formalizado em literatura, felicidade é um estado de espírito e não um simples sinônimo de contentamento, alegria e/ou satisfação...ou mesmo podemos dizer que existe uma diferença em ser feliz e estar feliz, sendo que esta última condição permite até uma confrontação com os significados contidos no famoso "pai dos burros" do substantivo em questão, o que se deduz pela similaridade dos vocábulos citados. Em contrapartida, a afirmação "ser feliz" é, no meu entendimento, muito mais abrangente. Posso estar estressado e até revoltado com algo (o que ocorre no mundo nos dá motivos para isso...a violência, as atitudes anti-éticas, a desonestidade, a falta de educação, entre outros, são inconcebíveis e geram sentimentos negativos), mas possuo a felicidade no âmago do meu ser, pois ela é o combustível que me faz viver.
Conceituação à parte, sem embargo as forças contrárias (e não são poucas), quero por meio desta ferramenta disponibilizar aos interessados um pouco do que aprendi e retirei de bom da escola da vida, com as experiências boas e ruins que vivenciei e espero profundamente que alguém as possa aproveitar.
Em minhas publicações, sempre haverá a ênfase na valorização das coisas boas da vida que, apesar de não ser o fator principal para torná-lo (a) a Fênix da humanidade, servirão no mínimo como motivador para a busca de um estado de êxtase sentimental. Exagero? Pode até ser. Mas, se o pessimista tem o direito de reclamar de tudo na vida, entendo-me na condição de ter a prerrogativa de supervalorizar a perfeição da vida, mesmo que, na realidade, ela não exista. Este é o meu direito, é o seu, é o nosso! É o exercício de cidadania que quero propor.
Vivamos intensamente, mas façamos isso com qualidade! Temos de ir atrás daquilo que gere em nosso organismo a endorfina necessária para o nosso bem-estar.
Hoje, já exercitei isso: assisti a um bom filme com a família e degustei, no almoço, um belo prato feito por minha digníssima esposa (vide foto abaixo), o que além de me deixar plenamente satisfeito, me adicionou uns anos a mais em minha existência em razão dos diversos nutrientes adicionados em meu organismo. Vale aqui o princípio naturalista - já comprovado - que somos o que comemos.





2 comentários:

Mônica Barros disse...

Eu passei boa parte da minha vida,desejando a tal felicidade,mas ñ sabia q nome dar à ela.Será q alguém consegue ser feliz o tempo todo???Só depois de ganhar mtas rugas,mts kilos à mais,e alguns cabelos brancos,eu pude perceber,que há mto tempo eu sou feliz.E descobri isso qdo fiz um questionário e o respondi...simples,a felicidade tem o nome que quizermos lhe dar.A minha chama-se simplicidade.Pequenas coisas me fazem imensamente feliz.E depois q eu permiti q Deus habitasse 100% do meu ser....tenho plena certeza q a felicidade existe.

Dorta disse...

Parabéns, Mônica!! E vamos viver a vida intensamente, seja fazendo a viagem dos nossos sonhos ou apreciando o brilho do luar...a palavra-chave é "valorização".
Bjs.

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