Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?? E eu não fujo à regra...mesmo com a correria do dia a dia e a onipresença, em diversos momentos da vida, da força dominadora do Deus do sono, Hipnos (diferente do que acham algumas pessoas, que pensam que é Morfeu o responsável por nossas "pescadas" diante do computador, da aula, da reunião, da palestra - entre outros -, mas não é. Este é o pai do atuante ser mitológico...). Bem, como a força de minha vontade de colocar no papel - digo - teclado minhas ideias, opiniões e afins são muitos maiores do que qualquer outro fator impeditivo, cá estou eu de volta ao meu mundo.
Em continuidade à linha de raciocínio seguida neste, onde o enfoque sempre é abordar assuntos que estejam relacionados às coisas boas da vida, que nos dão felicidade, com a premissa de que todos têm o direito a informação/conhecimento, passo a tratar também aqui de uma prática que sempre fez parte de minha rotina: o ato de colecionar algo.
O hábito de se colecionar alguma coisa provém da época do antigo Egito (ver matéria sobre o assunto no link disponibilizado abaixo) e se espalhou nos anos póstumos pelo mundo afora. Para alguns, trata-se somente de uma perda de tempo e de uma atitude de quem não tem o que fazer e não se preocupa com a organização de sua casa, pois vive juntando "porcarias", o que consideram apenas lixo. Logicamente, assim como em qualquer outro comportamento, caso haja excessos, distorções ou manias que possam trazer algum tipo de prejuízo a terceiros, este costume pode até vir a se tornar uma doença.
Mas vamos falar do lado positivo dessa mania de milhões de cidadãos do globo terrestre que traz um enorme fascínio para quem pratica e para os que observam. Em todo mundo, há quem colecione de tudo, até saco de vômito que é fornecido pelas companhias aéreas em voos comerciais, fora outras esquisitices.
Eu, como amante da música desde a infância, adquiri o costume de comprar discos de vinil (que é o que havia no mercado nos anos 70, 80 e 90 - período em que eu investia parte da minha mesada e, posteriormente, do meu salário nesse hobby, todo o mês - para a divulgação das obras musicais dos diferentes artistas existentes) com meu pai (os meus primeiros "bolachões" eram dele) e, a partir daquela época, me apaixonei pelas duas coisas: ser colecionador e especificamente pelo vinil, que é um fato à parte, pois, até os dias de hoje, sinto uma magia em ouvi-lo, manuseá-lo, apreciá-lo (o disco em si e as capas...ahhh...as capas...são itens singulares! A maioria, vejo como obras de arte!) e comprá-lo...este, um ato terapêutico, que infelizmente há tempos não o realizo...por diversos motivos, sendo um deles a falta de espaço em minha casa, o qual um colecionador necessita em larga escala, pois, infelizmente, o disco de vinil ocupa uma área considerável de um armário, ou coisa que se assemelhe.
Para se ter ideia da magia que há nisso tudo, lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que, aos 8 anos de idade, comprei com um dinheiro que ganhei de aniversário os meus primeiros discos (compactos simples, com duas ou quatro músicas, dentre eles No More Mr. Nice Guy, do Alice Cooper, Like A Locomotion, da banda Left Side, e um duplo, que continha Skyline Pigeon, do Elton John), ou seja, além de ser algo que me marcou por eu ter dado o primeiro passo para minha independência (fui sozinho à loja de discos...naquela época, isto era possível...e comprei-os com meu próprio dinheiro), eu mesmo escolhi os artistas que queria adquirir para curtir em casa.
Decidi compartilhar na rede esta minha paixão, pois sei que por aí há muita gente como eu que se realiza com tudo isso que citei acima, por isso, daqui pra frente, sempre que possível, postarei os discos que possuo em minha coleção, com alguns comentários que entender pertinentes, e tais postagens estarão registradas com a alcunha Collectors Items.
Para início de conversa, posto aqui o primeiro disco do grupo americano Talking Heads, de 1977, chamado Talking Heads: 77, no qual possui a música Psycho Killer (um de seus hits). Esta versão original não é a que mais gosto, pois há uma gravação ao vivo, lançada no disco Stop Making Sense, de 1984, que é inebriante (também possuo este disco em vinil), mas, no LP postado aqui, há também uma música muito interessante, chamada Uh-oh Comes To Town (primeira faixa), onde mostra a grande influência da música negra (soul music) no trabalho da banda, que possui como raiz o punk rock, fato que, para alguns, é algo inaceitável, mas demonstra que a música não possui limites e muito menos preconceito.
Prova disso, é que este disco foi produzido por Tony Bongiovi, que já trabalhou com artistas como Ramones, Gloria Gaynor e Jimi Hendrix (vide foto abaixo), e teve como engenheiro de som Ed Stasium, outro profissional acostumado a trabalhar, produzindo também discos da banda Ramones.
Em breve, mais postagens de discos de vinil de minha coleção, com abordagens diversas do vasto universo que habita na mente do colecionador.
Saudações ativas!!
Jimi Hendrix (à esquerda), Tony Bongiovi (ao centro) e Stephen Stills (à direita)
Capa do disco
Contracapa do disco
Ouça Psycho Killer (aqui uma outra versão):
Matéria sobre colecionadores: